Áudio e vídeo
Objetivos possíveis
- Iniciar ou apoiar o diálogo entre as comunidades e o poder público
- Fornecer evidências concretas ao poder público para incentivá-los a reconhecer terras indígenas.
- A poiar as comunidades apresentando e fornecendo conhecimento
- Coletar indícios de desflorestamento ou degradação florestal
- Fornecer evidências de irregularidades que prejudiquem pessoas ou comunidades
Esta introdução faz parte de uma Cartilha de uso da tecnologia para monitoramento e compartilhamento de informações sobre questões das florestas tropicais, direitos territoriais e dos indígenas. Foi criada como um ponto de partida para organizações e ativistas interessados em utilizar tecnologia para realizar melhor seu trabalho de proteção, e resultou de uma parceria entre a Fundação Rainforest da Noruega e The Engine Room.
Baixe a cartilha completa (1.6MB pdf). ou leia abaixo online.*
O que é
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Gravações de filmes ou áudios podem ser registrados em telefones celulares, ou dispositivos especializados como câmeras digitais, dictafones ou filmadoras.
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Os vídeos podem apresentar mensagens curtas em defesa da causa, coletar evidências visuais de violações de direitos humanos, publicação de filmes com a participação de membros da comunidade, ou documentar o desflorestamento ao longo do tempo. Gravações de áudio podem realizar muitas das mesmas funções.
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Muitos smartphones agora permitem que você grave, edite e carregue o vídeo ou áudio na Internet. Eles também podem automaticamente coletar a localização GPS de uma foto ou filme, o que significa que você pode combiná-los com mapas ou outros dados.
Como pode ajudar
Vídeo e áudio podem comunicar informações sobre pessoas e lugares que são impossíveis explicar somente com texto, mapas ou dados. Isso faz uma ferramenta eficaz de defesa que pode explicar uma campanha rapidamente de forma pessoal. (O aplicativo StoryMaker para telefones Android foi criado para ajudar você a criar histórias multimídia no seu dispositivo Android) Evidência em vídeo e áudio também pode ser usada em casos jurídicos de violações de diretos humanos ou atividades ilegais se você seguir os procedimentos específicos. (O aplicativo Informacam do The Guardian Project ajuda a coletar evidências digitais de forma segura para ser usada em juízo.)
Ferramentas
Não vá supondo que precisa comprar um novo smartphone ou câmera. Muitos dispositivos mais antigos ainda fornecem imagens de alta qualidade (procure os com 5 megapixels ou mais). Arquivos de áudio e vídeo usam muita memória digital – compacte-os usando software grátis, ou use arquivos de qualidade inferior que sejam mais fáceis de publicar onde a internet for lenta. Você pode editar diretamente de um smartphone ou usar software grátis como Lightworks Free e Audacity. Acessórios como tripés e microfones externos não são essenciais, mas melhoram a qualidade. Video4Change e WITNESS têm uma ampla gama de recursos para aconselhamento técnico.
Custos
Você agora pode criar vídeo e áudio a baixo custo, mas em geral, quanto mais complexo o produto, mas caro ele será. Filmar um protesto de um grupo de indígenas com um smartphone sairá muito mais barato que um documentário de qualidade profissional de 20 minutos. Filmar, editar e carregar também podem levar muito tempo: a sua organização tem tempo para produzir um vídeo, ou seria mais realista pagar um profissional?
Riscos e desafios
Riscos às pessoas que estão gravando: Gravar áudio ou vídeo pode ser arriscado. Exclua ou criptografe dados pessoais em dispositivos, e limpe os dispositivos frequentemente. Impressões digitais ou resíduos podem mostrar onde eles estiveram. Somente compartilhe informações confidenciais com grupos de confiança ou advogados antes de publicar, e verifique se é legal gravar antes de começar.
Riscos às pessoas que você está gravando: Siga os passos no parágrafo ‘Consentimento’ em ‘Obtendo dados’(página X), certificando-se de que as pessoas entendam que a gravação poderá ser amplamente divulgada e vista por qualquer pessoa. Desligue qualquer função de gravação de localização e desfoque o rosto das pessoas.
Estudos de caso
Usando vídeos gravados em celulares como evidência
HuMa coleta dados sobre conflitos de terra na Indonésia, incluindo vídeos de comunidades locais falando sobre seus meios de subsistência e experiências. Os vídeos foram gravados em telefones celulares por membros da comunidade e combinados com outras fontes de dados como dados de GPS, aumentando seu valor como evidência.
Como isso ajudou?
- Os dados têm sido usados por grupos incluindo a Comissão Nacional de Direitos Humanos, o Chefe da Polícia Nacional e outras ONGs.
- A agência de certificação de Perhutani (uma madeireira estatal indonésia) também consultou os dados HuMa como base para investigar determinados incidentes.
Uso de vídeo para documentar exploração ilegal na Indonésia
Em resposta a campanhas de defesa, a empresa de papel indonésia APP assinou um compromisso de desflorestamento zero. Em setembro de 2013, Olhos na Floresta (Eyes on the Forest - uma coalizão de 3 organizações ambientais locais na Indonésia), filmaram uma madeireira conhecida como fornecedora da APP desmatando floresta natural.
Como isso ajudou?
- O vídeo era curto e simples, facilitando o carregamento e a rapidez da publicação.
- Embora tenha sido filmado à distância, o vídeo ainda assim era valioso como evidência porque mostra claramente a exploração em andamento. Teve o apoio de fotógrafos com coordenadas GPS e um relatório detalhado.
- APP foi forçada a responder ao vídeo declarando que a exploração era em uma zona de exclusão que não tinha sido divulgada.
Sobre
Este site foi criado pela Fundação Rainforest da Noruega e The Engine Room como uma introdução ao uso da tecnologia para monitoramento e compartilhamento de informações sobre questões das florestas tropicais, direito à terra e direitos dos indígenas. Baixe a cartilha completa aqui.
Comentários ou perguntas? Entre em contato post@theengineroom.org ou rainforest@rainforest.no.
A Fundação Rainforest da Noruega (RFN) é uma das organizações líderes mundiais de proteção das florestas tropicais com base em direitos. Sua missão é apoiar as iniciativas dos povos indígenas e populações tradicionais das florestas tropicais do mundo de proteção ao seu meio ambiente e garantia de seus direitos, auxiliando-os a:
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Garantir e controlar os recursos naturais necessários para seu bem-estar em longo prazo e a gerenciar esses recursos de formas que não prejudiquem o meio ambiente, violem sua cultura ou comprometam seu futuro.
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E desenvolver meios para proteger seus direitos individuais e coletivos, e obter, modelar e controlar serviços básicos do Estado.
A RFN colabora de perto com mais de 70 organizações ambientais, de direitos humanos e indígenas, locais e nacionais, em 11 países na região Amazônica, África Central, Sudeste da Ásia, e Oceania.
Contribuidores
The Engine Room é uma organização internacional que ajuda ativistas, instituições que promovem mudança social e agentes de mudança a tirar o máximo proveito de dados e tecnologia para aumentar seu impacto. The Engine Room fornece apoio direto a projetos de organizações de mudança social; reúne comunidades para sincronizar as ideias emergentes e conseguir profissionais; além de documentar e publicar descobertas para ajudar qualquer pessoa do setor a tomar melhores decisões sobre o uso de dados e tecnologia.
Tom Walker e Tin Geber pesquisaram e redigiram a história principal, e Ruth Miller liderou o trabalho de design e criação visual. Foram inestimáveis a contribuição e o apoio à edição de Vemund Olsen e Christopher Wilson. O código-fonte do site está disponível em Github.